Kellen consegue convencer Bagdá a poupar Raul e Joélly ao revelar a identidade do pai da jovem, gesto que interrompe a violência iminente e revela até que ponto segredos de sangue podem negociar a vida na rua; a intervenção de Kellen mostra habilidade para acalmar a tensão e revela laços inesperados que protegem Joélly num momento de extremo perigo.
Raul, perseguido por dois integrantes do bando de Bagdá, foge em busca de refúgio e acaba abrigando-se na casa de Joélly, cena que sublinha a vulnerabilidade do rapaz e a solidariedade precária entre vizinhos em um ambiente marcado por medo e suspeita.
Ao retornar, Joélly relata seu paradeiro, mas Paulinho e Gerluce não dão crédito à versão que ela conta, o que alimenta desconfianças e coloca em xeque a confiança dentro da família. A atitude de incredulidade de Paulinho e Gerluce intensifica o isolamento de Joélly e faz crescer a sensação de que verdades estão sendo encobertas deliberadamente.
Em seguida, Arminda entra em confronto com Raul, impondo autoridade com palavras cortantes, e precisa depois aproximar-se da estátua para recuperar a calma, gesto que evidencia sua relação ambígua com o objeto sagrado da casa e com as emoções que ele desencadeia nos demais moradores.
Paulinho comenta com Juquinha que suspeita que a filha de Gerluce esconde algo importante, observação que acende mais desconfiança e promete complicar a dinâmica entre mãe e filha. Joaquim vigia Gerluce de longe, demonstrando que olhares discretos estão sempre avaliando movimentos alheios e acrescentando uma camada de vigilância à narrativa.
O capítulo fecha com Gerluce em pânico ao encontrar sua mãe desacordada, momento de choque que aglutina medo, culpa e a sensação de que as pequenas traições e silêncios podem culminar em tragédias pessoais sem aviso prévio.


