Resumo do capítulo de Segunda-feira, 15 de dezembro



Paulinho chega alarmado para Juquinha e Jairo com a notícia de que houve um assalto na casa onde Gerluce trabalha, e a informação imediatamente acende um clima de tensão entre os personagens. Ao mesmo tempo, Raul se vê no centro de uma acusação feita por Ferette e Arminda, que o confrontam por supostamente ter comentado com alguém sobre a estátua, o que o deixa visivelmente abalado e na defensiva. A cena expõe desconfianças antigas e revela que há mais em jogo do que um simples furto: rumores, segredos e a possibilidade de que informações sensíveis estejam circulando entre moradores e empregados, ampliando a sensação de intriga na trama.



Quando Paulinho tenta agir na condição de policial, Arminda e Ferette negam categoricamente que tenha ocorrido qualquer assalto na casa, deixando o agente constrangido e sem respaldo para seguir com uma investigação aberta. A postura das duas mulheres — firmes e coordenadas — sugere uma tentativa deliberada de controlar a narrativa e proteger interesses pessoais ou da família, enquanto Ferette, em particular, assume uma atitude de comando ao orientar Gerluce a manter silêncio sobre o que realmente aconteceu. Essa orientação para calar-se evidencia a assimetria de poder entre patroas e empregada e o medo que permeia as relações de trabalho na casa.



Apesar das negativas públicas, Gerluce acaba por confirmar em particular para Paulinho que ela e Josefa foram feitas reféns durante o episódio, mas que não contou nada antes por receio de perder o emprego. Essa confissão íntima revela o dilema moral da personagem: entre a lealdade forçada, o medo da retaliação e a necessidade de justiça. O desfecho do capítulo deixa no ar as consequências dessa omissão — um possível acobertamento, a fragilidade da autoridade policial diante de negações bem articuladas e a escalada de suspeitas em torno da estátua e de Raul — preparando o terreno para novos confrontos e para a investigação das verdadeiras motivações por trás do silêncio coletivo.